sábado, julho 25, 2009

PINTAR COM POESIA



Hoje não me apetece pintar a vida de poesia.
Quero ser directo, rude, bruto, animal… Besta insensível, que de humano tem apenas a aparência.
Não encontro qualquer harmonia no que me rodeia e até a melancolia, fiel companheira de horas solitárias, esgotou a sua fonte de inspiração.
Aquilo a que chamam romantismo, amor e coisas similares, já me mete nojo!
Sim! Já sei que me vão condenar. Apontar o dedo e talvez até excluir-me. Pouco me importa! Sinceramente até agradeço! É sinal que não sou um espectro que passa despercebido pela sociedade, cheia de falsa moral e hipocrisia em cada esquina.
Hoje até sou capaz de amar este mundo, no topo desta arrogância que subitamente me visitou. No fundo até compreendo estas estranhas leis, que vangloriam a verdade e a justiça! São uma mentira, inventada para disfarçar actos pútridos de gente “perfeita”…
Pois é, cá estou eu a julgar! Porque será?
Sim, já me lembrei. Também eu faço parte desta loucura.
Amem-me ou odeiem-me! Mas hoje não esperem de mim actos fingidos, palavras doces e muito menos, poesia no olhar!



sábado, julho 11, 2009

HOJE


Sem nada a dizer.
Tudo se resume a esta frase quando o cansaço se apodera da minha vontade.
Silêncio de palavras, de letras, de acções e sentimentos. Um olhar mudo. Sendo os meus desejos uma taça cheia de vazio. Talvez se encontre uma gota de esperança, mas, perdida algures no esquecimento.
Uma imensa apatia. É aquilo que hoje tenho para dar.
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