Tanto me atravessa a mente quando o mundo me parece hediondo. Frustração, claustrofobia, melancolia, sentimentos que se misturam com gente banal! Tudo podia ser raiva dentro de mim se os meus braços não estivessem à tua volta.
Deposito em ti o meu universo e tento esquecer o resto.
O olhar está longe perdido entre o caos que teima em não desaparecer. Mas eu estou em ti. E no entretanto dou-te mais um beijo e aperto-te com mais força.
Podemos estar calados mas o nosso silêncio fala mais alto que tudo, num dialecto que só nós compreendemos. Agora somos só nós e nós somos o momento. O mundo fica lá fora, longe… E lá fora ficará, pois este momento é tudo e tudo somos nós…
Por vezes um estranho cansaço apodera-se de mim. Surge suavemente sem eu dar por isso. Como uma estranha magia transforma o meu acordar em vontade de dormir. Uma inércia com vontade própria toma conta das minhas forças e acabo por deixar cair os braços sem determinação. A própria melancolia que habita no meu ser é tomada de assalto e é substituída por uma apatia sem qualquer tipo de desejos. É então nesse momento que a palavra desistir atravessa a minha mente… Mas eu sou imbatível. Atrás do meu olhar eu sei que existe vida lá fora e um caminho para percorrer. Sim, vou-me deixar dormir, mas amanhã o meu acordar será mais forte!
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Hoje tudo me parece tão frágil. Parece que era capaz de derrubar tudo com um simples sopro. Era simples se eu não fizesse parte desta fragilidade!
Então porque me apetece derrubar tudo?
Talvez porque me apeteça construir tudo novamente. Mas então também teria de me construir também…
São apenas desejos tresloucados que me assolam a mente em momentos de devaneio. Pouco ou nada importam para o mundo. São como um passatempo para o meu ser inquieto. Apenas isso…
