segunda-feira, janeiro 20, 2020

Como quem não encontra o fruto proibido


Traz-me de volta que estou meio perdido
Ando por longe a divagar
A fazer do pensamento o meu voar
Busco sabedoria em palavras sem sentido
Sigo o horizonte sem encontrar
Morada acolhedora onde me abeirar
Como quem não encontra o fruto proibido
Sem rota para algum lugar
Nem braços que me queiram amar
Sonho paisagens que me deixam distraído
Nunca saber onde vou rumar
Mapa sem indicações para chegar
Peregrino errante de semblante entristecido
Vou continuando a caminhar
Passos longos que correm devagar
Sem miragem de destino no trilho seguindo
Não sei onde te procurar
Resta a fantasia para me aconchegar
Nenhum horizonte nesse teu nome desconhecido

quarta-feira, janeiro 15, 2020

Animar a existência II


Em que posso servi-lo meu senhor?
Dê-me um copo com Sol de Primavera
Para a luz acalmar a espera
Pelo passar desta invernia severa,
Se faz favor.
É para já caro senhor.
Ah! Quero também uma boa dose de felicidade!
Bem servida num prato de ternura e com verdade,
Sem nunca esquecer o toque essencial da liberdade.
Traga da melhor.
Pois não. Mais alguma coisa senhor?
Agora que fala nisso, traga cores em abundância.
Este cinzento não combina com luminância
E no renascer há que haver a fragrância inocente da infância.
Temos todos que brindar ao amor.
Concordo plenamente senhor.