sábado, agosto 07, 2010

ENSAIO



Peço desculpa a quem deseja que eu ame, mas hoje não sou capaz. Não consigo ver gente feliz. A simples ideia de saber que existe gente cheia de felicidade irrita-me. Hoje sou filho do ódio! Este sentimento asqueroso tomou conta de mim. Deixou o meu coração gélido e um fogo ardente no meu estômago, que me vai consumindo por dentro. Se o ódio é o meu pai, a vida é a minha mãe (ou madrasta). Apelidem-me de monstro, besta, animal… Mas afastem-se de mim. Metem-me nojo! Se o ódio existe, é porque serve para ser sentido. Logo, não deve haver nada de extraordinário naquilo que sinto. Raiva, ansiedade, solidão, inveja, desespero, até mesmo loucura! Tudo misturado, como se fosse uma poção maléfica, no caldeirão de uma bruxa malvada, pronta a ser julgada, torturada, queimada pela inquisição! E eu aqui perdido no meio, sem saber para onde ir. Enfim, suponho que seja apenas mais um dia na vida de uma pessoa normal…