segunda-feira, julho 31, 2017

Música em sentimentos - 1 de Agosto (É já amanhã!)

Música: 1º de Agosto
Interprete: Xutos & Pontapés
Álbum: 1º de Agosto no Rock Rendez-Vous
Ano: 2000
Duração: 3,54 m
Estilo: Rock



Decidi reavivar esta rúbrica para falar acerca desta pequena grande música, que praticamente passa despercebida no repertório dos Xutos. Ainda assim merece uma grande atenção!
Mas afinal o que é que tem de especial?
A melodia começa num tom descontraído, a fazer lembrar férias e Verão. A letra vem confirmar isso mesmo. Reporta-nos para os Agostos dos anos 80, onde eu era criança, em que Agosto era o mês das férias e da praia por excelência. Não admira que o primeiro dia deste mês fosse de grande excitação, pois era para muita gente, como aliás ainda hoje o é, o primeiro dia de férias e praia. Ficar estendido ao sol sem grandes preocupações, a não ser a de ficar morenos… Bons tempos! (Como dizem os mais velhos) 
Escrever uma música sobre isto com um poema tão simples e no entanto tão eficaz, é de uma genialidade que só os Xutos, nos anos 80, conseguiam fazer.
Para mim é uma música obrigatória no dia 31 de Julho, já que também eu costumo fazer algumas férias em Agosto e simplesmente viver tranquilo. 
Resta acrescentar o facto, de que, o dia 1 de Agosto marca também o aniversário deste blog. Logo, só por si, uma boa data por estes lados.
Assim sendo, acompanho os Xutos na euforia. Tudo em mim é um fogo posto porque amanhã é dia 1 de Agosto! 
Aproveitem, apaixonem-se, tenham aventuras e curtam o sol :D

Letra:
É amanha dia 1º de Agosto
E tudo em mim é um fogo posto
Sacola ás costas, cantante na mão
Enterro os pés no calor do chão
É tanto o sol pelo caminho
Que vendo um, não me sinto sózinho
Todos os anos, em praias diferentes
Se buscam corpos sedosos e quentes

Adoro ver a praia dourada
O estranho brilho da areia molhada
Mergulho verde nas ondas do mar
Procuro o fundo pra lhe tocar
Estendido ao sol, sem nada dizer
Sorriso aberto de puro prazer

sábado, julho 29, 2017

Um viver a que eu possa chamar lar


Alguém sabe onde mora o infinito?
É que hoje tenho vontade de descobrir coisa nenhuma
Fala-me palavras sem nexo para que construa um poema
Escrever nada de certo sobre o que me foi dito

Alguém sabe onde está o destino?
É que para quem anda perdido é necessário um guia
Dá-me uma desculpa qualquer para todos os desaires da vida
Sonhar como se fosse verdade tudo que imagino

Alguém sabe onde fica aqui mesmo?
É que andar por aqui às voltas não me leva a lado nenhum
Sabia-me bem ficar parado em vez de não chegar a lugar algum
Caminhar é duro para quem não sente entusiasmo

Alguém sabe onde me encontrar?
É que ser outro qualquer a vestir a minha carne adormece
Conta-me como sou para me poder arrancar de quem esquece
Chegar por fim a um viver a que eu possa chamar lar

quarta-feira, julho 19, 2017

O ventre do pensamento alheio


A ficção não tem limites. Preparem-se para o desconhecido cada vez que abrem um livro. Abandonem-se a vós mesmos sempre que entram nesse caminho, pois essa é a verdadeira porta do mistério.
A história já não é vossa. O trilho, não foram vocês que o traçaram. As personagens nasceram do ventre do pensamento alheio. Os vossos olhos vestem essas peles vindas de outra imaginação. A vossa ideia traça outros cenários ditados pela vontade de outros.
Cores, cheiros, dores e prazeres, são narrados aos sentidos e fazem-se reais nos parágrafos da inquietação. Medos e desejos são moldados na fonte da ansiedade. Amores e ódios vivenciados como quem gosta de sentir o fio de uma lâmina afiada.
Parados, viajam para longe a mundos desconhecidos, de páginas abertas na mão, pintadas por palavras escritas com o poder que o sonho tem. Tudo isto vai muito para além de vocês, ao apogeu que a aventura leva.
Se os romances vieram provar alguma coisa, é de que Deus não é o único criador de universos e destinos. Nós, humanos, dotados apenas de cérebro e dita inteligência, podemos construir o infinito na ponta de uma caneta e na imensidão de uma folha em branco.
Quem de entre vós nunca se esqueceu nas suas próprias lembranças e sentimentos, para viver os poemas que os outros rimaram?
Aqui reside a verdadeira sabedoria. Na imaginação que nos foi concedida pela gnose do Universo!

quinta-feira, julho 13, 2017

Não peças licença


Aprende a olhar directamente na íris das pessoas para saberes o que vai dentro da sua mente.
Encara-os de frente. Sem medo. Com a chama de todo o teu ser projectada na tua imagem. A mirar, sem clemência, para a essência deles próprios.
Despe-lhes o espírito. Derruba muralhas. Abre as portas mais íntimas, não como um invasor, mas antes, como senhor desses esconderijos no pensamento privado. Chama a ti todos os segredos da centelha alheia, como se fosses tu próprio o dono desses recantos.
Não peças licença, pois um amo não necessita de permissão. Mergulha na cor dos olhos para viajares na constelação da alma. Entra com a violência do silêncio onde o âmago se acha intocável.
Deixa que a telepatia nasça nas asas da tua ousadia. Doma o cosmos dos outros como quem é imenso e na tua voz calada espelha a tua vontade…

sexta-feira, julho 07, 2017

As nádegas


Gosto genuinamente de mulheres com cu grande.
Não me refiro àquelas que, com um corpo mediano, têm a ideia, quase insultuosa, de que lá porque o seu traseiro se evidencia ligeiramente para além da silhueta, o acham gordo! Nada disso!
Falo daquelas, com um pouco de gordura, vulgarmente apelidadas de “roliças” e que têm a zona das ancas bastante alargada, fazendo surgir umas nádegas exageradamente proeminentes. De tal maneira que o seu andar se torna um pouco arqueado.
As calças justas e bem preenchidas que evidenciam esta característica, convidam a pensamentos mais lascivos (chamemos assim). Como por exemplo, poder debruçar aquele corpo torneado numa superfície qualquer, seja uma mesa, cama, ou o que estiver ali mais perto e como um cavaleiro tomá-la por trás, fazendo dos seus cabelos as minhas rédeas.
Sei bem que aquelas nádegas bem encorpadas, resistem (e até imploram) um pouco de dor. Umas palmadas bem assentes e a agressividade dos meus dedos enterrados na sua carne volumosa. Marcar a vermelho agreste os contornos dominadores da palma da minha mão, enquanto faço o desejo furioso entrar na essência do prazer.
Não quero com isto ser mal interpretado, como se reduzisse a mulher a um simples utensílio para perversões, pelo contrário, faço-o para reverenciar o expoente da feminilidade. Existem outras luxurias igualmente interessantes no meu íntimo, acreditem. Embora hoje me tenha apetecido partilhar convosco esta. Nada de julgamentos, é apenas a natureza a cumprir os seus desígnios.