sábado, novembro 25, 2006

NOITE DOS TEMPOS


O tempo e o espaço não existem, até porque ainda não foram criados. A luz e a escuridão confundem-se, duma forma que os sentidos humanos não podem compreender. Tal como o frio e o calor; o amor e o ódio; o bem e o mal; o espiritual e o físico e todos os opostos deste mundo misturados, naquele momento que é criação.
Não era humano nem espírito, também eu era criação. Não estava limitado pelo mundo físico, todos os níveis de existência estavam ali, no momento em que tudo era criado. Numa noite luminosa, fascinante, em que nada existia e tudo era criado.
Não sei como vim aqui parar, talvez seja uma lembrança, talvez uma alucinação, um devaneio, uma loucura…
Oiço uma voz que me pergunta: - Estás a sonhar?
Respondo: - Não sei, acho que não…
- Porquê?
- Tenho em mim sentidos que não consigo compreender…
Senti a voz sorrir e perguntar-me: - Sabes onde estás?
- Na Noite dos Tempos… - Respondi.

sábado, novembro 18, 2006

VIAJAS COMO O VENTO

Palavras doces
Palavras que marcam
Nada mais são que palavras
Sons sem vida
Que te digo

Como um punhal
Penetram a tua alma
Palavras sem sabor
Sons sem vida
Que tanto gostas

O teu sonho viaja como o vento
Enquanto me deixas entrar em ti
Com palavras vazias
Viajas como o vento





p