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quinta-feira, dezembro 26, 2019
A Época das Festas
Gosto particularmente de sair à rua no dia de consoada. Especialmente se o tempo estiver solarengo. Observo com entusiasmo a multidão que palmilha as ruas enfeitadas da cidade. Rostos desconhecidos embrenhados em conversas alegres, timbradas pelos sorrisos entusiasmados e vozes joviais. Aprecio também as roupas entranhadas com tons de vermelho, mais ou menos berrante, a inundar o campo visual. Isto, para que em conjunto com a linguagem corporal, transpareça de imediato um sentimento de animação.
Aqueles que conheço, cumprimentam-me com um efusivo “Bom Natal”. Retribuo-lhes a saudação com ânimo, mesmo que numa quase total ausência de sinceridade. Não porque seja completamente anti festivo, pelo contrário, até porque a alegria contagia e o sorriso que devolvo é verdadeiro por inteiro. Simplesmente não me identifico com a ditadura da felicidade que se impõe na época das Festas, ainda que eu próprio seja cativado por ela. Quanto a mim, agradeço apenas os dias de descanso que, no inverno, sabem bem.
Lá vão eles com sacos na mão, carregados com prendas ou doces, felizes, porque é suposto serem e por isso são. Nada contra, embora prefira manter o meu entusiasmo à parte, no papel de observador. Tenho a minha própria alegria que, embora não seja igual, está em sintonia com a deles. Na rua, entre a multidão colorida e sorridente, sou mais um entre muitos. Confundo-me com os demais e não me importo. Afinal de contas, é bom ver gente com alegria, seja porque motivo for. Não vou condenar o ambiente festivo, pois também eu me sinto em Festa!
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