terça-feira, novembro 05, 2019

A senda dos iguais


Muitas vezes aqueles que são "diferentes" dão por si a serem pressionados por gente básica para se comportarem de forma encaixar-se na sociedade, também ela básica, impregnada de regras e objectivos banais que não servem para mais nada a não ser aprisionar a mente e a vontade.
Uns deixam-se levar por essa gente cheia de vazio e acabam por se deixar absorver como parte do cenário. Depois, tanto fica por dizer…
Contudo, aqueles que se distinguem na multidão conhecem bem o seu valor. Vive neles um instinto de rebeldia. Conhecem bem os adjectivos que os diferenciam dos demais. A sabedoria, a arte, as ideias!
Há um momento em que surge a revolta. A solidão deixa de meter medo! Urge a coragem para enxotar toda essa gente tacanha para longe. Arreda-los para onde pertencem, atrás da cerca que satisfaz o rebanho.
Deixá-los ir na multidão para os seus afazeres. Rostos em grande número. Sem distinção uns dos outros. Mesmo com traços diferentes, a semelhança é dolorosa, tais são os gestos que os prendem uns aos outros na senda dos iguais.
Lá porque são muitos não oferecem novidade. Gente sem fantasia a repreender quem não se conforma! Audácia insultuosa! Que sabem eles do que é diferente?
Nada!
Não podem, nem têm como compreender!
Que continuem, confortados pelo entretenimento que vai surgindo no dia-a-dia como recompensa à sua obediência.
Já nós, aqui deste lado, onde o querer é profundo, temos outros pensares.
Comemoremo-nos! Nós, sozinhos, livres do fardo dessa gente. O Universo encarrega-se de nos trazer outros com o mesmo engenho para servir de companhia. Diferentes, alternativos, ou simplesmente curiosos, porque o mundo é vasto e o saber quer sempre mais!

1 comentário:

MM - Lisboa disse...

Gosto de pensar que estou do lado certo!