Sentimentos, aventuras, pensamentos, histórias, poemas, ideias e escrita caseira...
quarta-feira, outubro 12, 2016
Tanto em coisa nenhuma
Amo-te como quem ama coisa nenhuma e tudo em simultâneo.
Quero-te por inteiro e para sempre como nos contos de fadas. Fascina-me esse imenso todo que se esconde no teu ser. Tesouros, vitórias, sonhos e medos que me cantas na tua entrega. Mesmo assim aborreces-me e procuro também os mistérios que pairam nas almas dos outros porque não me contento apenas com uma eternidade.
Desejo cada ponto sensível do teu corpo como quem anseia a loucura. Deleito-me ao provar o teu gemer, navegar no teu suor, ser todo o teu gozo. No entanto a tua carne é muito pouco para o meu infinito e o meu âmago pede mais satisfação. Apraz-me degustar o sabor de todas as silhuetas perdidas e abertas, porque só um prazer não me basta.
Amo-te com a violência de quem tem a revelação do segredo da felicidade! Completas-me com toda a paz que uma vida inquieta sempre espera encontrar. És tudo! Porém, somente isso! Um mero existir imponente, sem nada de mais para mim, que ambiciono o inalcançável. És breve na tua imensidão. Ínfima estrela na tua grandiosidade. Unicamente um parágrafo de intensidade suprema no desassossego da minha história...
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2 comentários:
O desassossego dos poetas?
:)
Gostei muito do texto.
Sempre a constante do desassossego...
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