O luar está calado
A noite vazia
Suspira apatia
Num silêncio gritado
Clama a fantasia
Pela caneta poesia
Que me faz ficar acordado
Na insónia da agonia
Da madrugada até ao dia
A lamentar-me do meu fado
Contra o mundo a rebeldia
Versos nascem sem alegria
Em rimas iradas fico cansado
Cada palavra cresce fria
Fadiga de toda a ousadia
Pelo sono vou sendo tomado
Raiva morre em letargia
Nesta guerra já não lutaria
Adormeço finamente derrotado
Esqueço a fúria que se esvazia
A inquietação também dormia
Pois o sol nasce animado
Sonho a luz e a calmaria
Deixo o acordar calar a ira
Desperto enfim descansado
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