sábado, maio 13, 2017

O Encontro


Num instante olho para ti quando te aproximas. Algo na minha inquietação faz com que me questione quem és tu?
Não tenho intenção de te conhecer. No máximo cumprimento-te secamente, assim que nos cruzarmos e os nossos olhares concordarem, se o universo assim o desejar. Somente isso.
Para mim não passas de uma interrogação. Uma história que ninguém me contou. Um mundo que está longe e não me atrai. Apenas isso. Ou tudo isso! Porque na vida existem incontáveis encontros insignificantes como este. Gente com alma e sonhos que se atravessa na rua.
Instantes que não servem para nada. Momentos perdidos que têm como destino serem atirados para o baú do esquecimento. Apesar disso, com a sua pequenez, conseguem ao mesmo tempo, preencher o pensamento de quem se questiona sobre a existência…

3 comentários:

Ana Branco disse...

Sabes a diferença entre um encontro e um mero e passageiro cruzar de olhares, certo? :)
Chamas-lhe um e descreves outro... Talvez possas afastar ligeiramente a razão e permitir que seja o teu coração a avaliar qual deles é. Só por um bocadinho...

António Silva disse...

Oh o coração sabe. E a escrita também...

Unknown disse...

Isso não vale!
Poucas coisas haverá mais subjectivas que o coração e a escrita... ;P