«Proibido sonhar!»
Essa lei não foi decretada por nenhuma autoridade governamental, mas sim pela dura realidade da vida.
«Estás autorizado a sobreviver!»
Essa sim é a verdadeira lei. Essa é a regra básica da sobrevivência, tanto para o animal como para mim.
Os meus instintos poéticos e fantasiosos para nada servem, senão atormentar-me. Um escape ao que me rodeia sem que me ofereça uma fuga real ao martírio da existência. Os meus devaneios são como estupefacientes que me arrastam para o seu vício sem que exista neles qualquer tipo de salvação.
Cá fora tudo é cruel, bem sei. Até a própria dor, que exige ser sentida, fica mais leve de suportar, e por vezes até bela, quando adornada por uma rima qualquer.
Talvez exista amor como pregam alguns. Queria acreditar nisso. A sério que sim! Contudo é mais fácil escapar para onde os sonhos me enamoram. Amar é sem dúvida mais perfeito quando tocado pela arte!
Entretanto prefiro esquecer que a amargura me espera e entregar-me ao mundo encantado da fantasia. Mesmo que me perca na sua doce mentira. Longe.
A voz do mundo que me chama, severo, para me castigar, que espere por mim quando decidir descer da árvore da ilusão…
1 comentário:
Não te iludas.. Este mundo é cheio de meias verdades, seja nos sonhos ou na realidade... Nada é pleno e por isso tudo parece pequeno perante a nossa vontade....
R.A.
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