Amo.
No negrume da minha alma.
No fogo dos meus demónios.
No silêncio da verdade.
Não sinto falta da paixão porque amar estilhaços completa o caos de quem é imperfeito.
O corpo não me pede o toque, nem a vontade animal de saborear o grito de dor e prazer que se solta na pele.
Assustam-me os beijos que te dão a conhecer como porta aberta para a angústia. Mesmo assim sabem a paraíso depois que as palavras falam (ou calam).
Há a telepatia. Silêncios corpóreos esquecidos nos momentos solitários, como companhia de quem não a sabe, ainda assim, não esquece.
Pouco mais há dizer porque já não sei falar de amor.
Desfigurado.
Despedaçado.
Mutilado.
Esmagado sobre o próprio peso do romance.
Castrado com ilusões bizarras de imortalidade.
A felicidade desvaneceu, quando a ditadura do comum a anunciou como decreto a seguir. Sábios e néscios cingiram-se a este objectivo, sem nunca o conseguir, pois nada imaginam do impossível.
Resta a fantasia dos que navegam na insónia que corteja a madrugada.
Dizem poesia.
Dizem heresias.
Dizem ideias perdidas na noite.
Canta-se o teu nome nos sentidos desconhecidos a quem não sonha.
Não existe adormecer, nem vontade de acordar, só os segredos do inefável e o infinito nem começou ainda…
1 comentário:
Aqui estão as Respostinhas ao "P&R" ali no Reino ;)
Beijinhos,
O meu reino da noite
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