Ando à procura da Lua, na noite amena do Outono calado.
Ando à procura de mim, sem pressa de me encontrar, no espelho do céu que escurece lentamente.
Ando à procura de um verso onde me sinta aconchegado, tal como um filho se sente amado no regaço quente da mãe.
Ando à procura das ruas que se esvaziam, purgadas das pessoas que fogem para a ilusão do seu lar.
Ando à procura do oculto, nas estrelas longínquas que desenham os sonhos de quem se julga apaixonado.
Ando à procura das cores que se escondem na noite, como quem acredita na mais profunda felicidade.
Ando à procura de um nome, escrito a dor, no ser incompleto e na pele cicatrizada.
Ando à procura do vazio mais perfeito, sem encontro possível para quem sente a alma inquieta.
Ando à procura do que não sei, porque tudo que conheço não interessa.
Sem comentários:
Enviar um comentário