segunda-feira, maio 25, 2015

A humanidade


Alguém viu por aí a minha humanidade?
Talvez a tenha perdido da primeira vez que desejei ter uma aventura. Quando, na minha inocência de criança, quis ultrapassar os limites que me foram impostos.
A sério. Eu juro que já fui humano!
Talvez tenha esquecido isso quando pela primeira vez conheci o desejo, seguido da doçura do amor, terminando na amargura do coração partido pela crueldade dos sentimentos.
Gostava de recuperar a minha humanidade.
Talvez a lógica a tenha roubado entre a sua frieza quando, com sucesso, provei a vingança. Cresceu algo robótico no meu íntimo racionalizando o pensamento nesse computador bioquímico que é o cérebro.
Que uma princesa me beije e me refaça como humano!
Talvez aconteça esse milagre, já que me é penosa a carne onde me prenderam. Queria provar, ainda que breve, o gosto da divindade com que me iludem nas histórias de encantar ou nos romances de ficção.
No fundo acho que nunca perdi a minha humanidade…
Talvez todos aqueles que se dizem gente bebam desta mesma fonte da dúvida, onde existe o êxtase da felicidade e a violência da tristeza. Opostos juntos no mesmo acontecer que nos torna humanos…

1 comentário:

Às margens de mim. disse...

Gostei de tudo por aqui. Eu te sigo, tu me segues, nós interagimos!...
AbraçO