Tenho demasiado barulho na minha mente. Incontáveis fragmentos de poluição mundana vagueiam pelo imenso cosmos da minha imaginação inquieta.
Um emanharado de memórias, fantasias, sonhos, projectos, ideais, loucuras, ou simples devaneios que vêm à tona no mar da minha consciência. Inquietam-me com a sua presença e não me deixam serenar. Parecem ruídos que estragam de forma irritante a melodia mágica que tento escutar. Uma música encantada que provém da própria essência do universo.
São como pedaços de sucata que teimam em estorvar o meu caminho, cada um por si a tentar chamar a minha atenção. Vou-me perdendo entre eles, a olhar para pequenos desinteresses e banalidades que pouco acrescentam à minha existência!
Quero mais! Sei que existem mundos novos a descobrir dentro de nós.
Tenho ganas de me encontrar! Mergulhar ao fundo da meditação. Viajar à génese da própria existência humana. Unir-me à inocência do primeiro homem, cuja herança trago gravada na minha aparência. Esvaziar a minha mente para que o meu pensamento fique puro e então deixar-me invadir por novas realidades. Encontrar um vislumbre da verdade cósmica que tanto anseio e beber, ainda que seja apenas um simples gole, da fonte do conhecimento.
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