Para por um momento.
Vem conversar um pouco comigo.
Já reparaste na beleza que nos rodeia? Sim, eu sei que parece um cliché, mas observa com atenção.
Está cair a noite, o céu está limpo, não tarda aparecem as estrelas! Olha, lá está a primeira. Vê como o seu brilho é forte. Não tem medo de se afirmar como a mais cintilante de todas.
O sol já se escondeu por completo e trouxe consigo a fresquidão. Sabe bem depois de um dia quente. Um manto negro já foi estendido sobre as nossas cabeças para servir de palco ao espectáculo do firmamento.
Mais estrelas estão a chegar, tímidas, mas lá vão rompendo a escuridão para nos maravilhar. Para não falar na lua. Contempla como se impõe-se grandiosa, tal como uma rainha lá no alto a sorrir para nós.
Foda-se! É lindo!
Diz lá se tudo isto não te faz sonhar?
A rotina do dia-a-dia faz-nos cair no marasmo. Na apatia. Esquecemo-nos de contemplar este cosmos admirável que nos rodeia. Tentamos enganarmo-nos com um pouco de amor aqui, um pouco de aventura ali, um pouco de prazer acolá… Mas a verdade é que nos deixamos ir com a sonolência imposta pelo cansaço que a sociedade determina. Às vezes acho que querem castrar a beleza e a arte que acompanha a natureza.
Recuso-me a fazer isso! Não deixo!
Quero escrever poemas que emocionam, pintar quadros cheios de vida, criar músicas que façam dançar e chorar com o vibrar dos sentimentos.
Sabes, os cientistas dizem, com as suas equações matemáticas, que tudo já está predestinado. Vou-te contar um segredo: Não acredito em nada disso. Quero que esses estudiosos metam essas teorias pela goela abaixo e se calem!
Deixem sonhar quem ama as emoções.
Prefiro viver livre de amarras, de conceitos pré-definidos de como devem ser as coisas. Como deve de ser a nossa existência.
Não! Eu quero o mundo com tudo que ele tem para dar. Não quero apenas meras amostras de felicidade. Quero tudo como deve de ser!
Escuta um conselho, devíamos parar mais vezes, como seres finitos que somos e apreciar toda esta grandiosidade, porque temos à nossa disposição o próprio universo a se revelar para nós e só nos importamos com o efémero…
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