Já me despistei com violência, à velocidade da ilusão.
Já tentei ser quem não sou, no palco dos outros.
Já julguei ser um poeta, porque escrevi algumas rimas.
Agora, depois de tantos "já", duvido que tenha aprendido alguma coisa para lá de frases feitas.
Já faço a vida acontecer, mas a rotina continua lá.
Já não me despisto, mas continuo a perseguir ilusões.
Já tenho o meu próprio palco, mas ainda não sei quem sou.
Já não acredito que seja poeta, mas cada vez vou escrevendo mais rimas.
Agora, depois de acumular tantos "já", assumo com humildade a minha ignorância. Pretendo continuar a aprender coisas novas, para conseguir crescer um pouco de cada vez. Ser como uma criança a descobrir o mundo, entre sentimentos de admiração.
Vou procurar também momentos de alegria. Descobrir algum tipo de esperança na companhia dos outros. Olhar para lá do horizonte e viver o amor na partilha de sonhos. Depois, volto aqui para escrever sobre isto, como já tantas vezes escrevi. Espero fazê-lo com um sorriso verdadeiro no rosto. É só isto que desejo.
Talvez seja muito, quando a inquietude é tudo que conheço.
Talvez seja pouco, quando a minha humanidade me convida a algo maior do que eu próprio.
Talvez nada disso importe, já que cada um tem o seu caminho a percorrer.
Hoje só faz sentido ser assim, com expectativas livres e a vontade de conhecer aquilo que de melhor o desconhecido pode dar!
3 comentários:
Querer melhorar, querer mais para si e de qualidade. Gosto! Bom ano
Minha única esperança é
Que a vida te traga alegria,
Rendas-te mais forte e resiliente
E que teu futuro seja abençoado.
Olá. Texto lindo de ler
Pergunto:
Pausa para férias e descansar? Cansaço do blogue?
Falta de inspiração para publicar?
Está doente? Se for o caso, rápidas melhoras.
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Cumprimentos poéticos
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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