A minha alienação é magnifica
Um monumento erguido à decadência
No alicerce da minha inexistência
Ergo com orgulho esta construção épica
Olho de longe pelo óculo da malicia
Um mundo devotado à ignorância
Entrego-me ao conforto da preguiça
Dou aos homens a minha ausência
Ofereço-lhes a minha negligência
Paridos sem bom-senso e sem lógica
Do ventre analfabeto da violência
Deixo-os ir na torrente da demência
E guardo para mim o que a vida tem de mágica
1 comentário:
Que belo monumento este à sua escrita.
Conseguir guardar o que a vida tem de mágica, só mesmo um sonhador, uma alma sábia. Gostei muito.
Brisas doces *
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