Hoje fui derrotado pelo mundo! Finalmente aceitei esse destino. Até porque, ao analisar esta guerra que declarei à chamada sociedade, cheguei à conclusão de que nunca travei verdadeiramente algum combate. Por todas as vezes que julguei vencer, na realidade, fui sim ignorado, sem ter sequer o desmérito de ser espezinhado pelo inimigo.
Apercebi-me, portanto, de que sozinho nunca seria capaz de ganhar qualquer quezília. Muito mais, quando o meu adversário são os próprios alicerces do viver. Resta-me aceitar a minha condição de vencido, ou melhor, de insignificante, perante tudo que me é imposto pelo resto da humanidade.
Fizeram-me de carne, osso e pensamento. Como os outros, nasci a gritar, expulso do ventre da ilusão. Inocente, julguei ser um deus! Um rei! Acreditar nos sonhos que me deram como garantidos! Alguém que pudesse ser apelidado de extraordinário, sem saber eu, que carregava o fardo de ser ninguém.
1 comentário:
Sem sonhos não somos nada. Prefiro acreditar que tudo ainda é possível
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