O infinito está calado. A carne não o consegue ouvir. O barulho no mundo é demasiado para que a voz subtil do inefável se faça notar, ou simplesmente o silêncio nada diz. Tudo é incerteza.
A dúvida cresce em todas as direcções e os “agoras” do viver vão-se acumulando sem história. Nem a esperança se quer pronunciar diante do vazio. Resta olhar para dentro em busca de um centelha de caos, ou amor!
Os sentidos degustam a apatia sem sabor. Não há solidão nem companhia. Até a inquietude descansa num sono sem sonhos nem questões. A inercia acomoda-se no seu reino, onde não existe tédio ou entusiasmo.
A simplicidade esconde os seus segredos nos gestos sem glória. A magnificência começa no inútil. Os apressados nada aprendem com a espera. Sobra a imaginação para cumprir o seu dever de esboçar o impossível.
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