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quarta-feira, julho 19, 2017
O ventre do pensamento alheio
A ficção não tem limites. Preparem-se para o desconhecido cada vez que abrem um livro. Abandonem-se a vós mesmos sempre que entram nesse caminho, pois essa é a verdadeira porta do mistério.
A história já não é vossa. O trilho, não foram vocês que o traçaram. As personagens nasceram do ventre do pensamento alheio. Os vossos olhos vestem essas peles vindas de outra imaginação. A vossa ideia traça outros cenários ditados pela vontade de outros.
Cores, cheiros, dores e prazeres, são narrados aos sentidos e fazem-se reais nos parágrafos da inquietação. Medos e desejos são moldados na fonte da ansiedade. Amores e ódios vivenciados como quem gosta de sentir o fio de uma lâmina afiada.
Parados, viajam para longe a mundos desconhecidos, de páginas abertas na mão, pintadas por palavras escritas com o poder que o sonho tem. Tudo isto vai muito para além de vocês, ao apogeu que a aventura leva.
Se os romances vieram provar alguma coisa, é de que Deus não é o único criador de universos e destinos. Nós, humanos, dotados apenas de cérebro e dita inteligência, podemos construir o infinito na ponta de uma caneta e na imensidão de uma folha em branco.
Quem de entre vós nunca se esqueceu nas suas próprias lembranças e sentimentos, para viver os poemas que os outros rimaram?
Aqui reside a verdadeira sabedoria. Na imaginação que nos foi concedida pela gnose do Universo!
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1 comentário:
Oh, que belo título!... :)
É mesmo isso e é o que me vai safando.
Entrar em outras histórias, imiscuir-me e fundir-me nelas de tal forma que esqueço, por momentos, a minha própria história.
Para além do prazer, o escape, a terapia pela literatura.
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