quinta-feira, setembro 29, 2016

Quem acorda ao anoitecer?


Quando o sol se põe acorda o poeta para o viver
Fragmentos de pensamento conjugam a sua fala
Os versos vão nascendo enquanto o mundo se cala
Desígnios abstratos que se fazem acontecer
Palavras vadias surgem de forma salteada
Bizarras eloquencias paridas da urbe calada
Loucuras gritadas somente a quem as entender
O silêncio sussurrou o nome de ninguém
Soltou o inquieto em si a buscar esse alguém
Olhou em volta mas tudo era anoitecer
Procurou então no seu redor algures um lugar
Onde essa personagem sem nome possa estar
Nada encontrou além do seu próprio querer
Amaldiçoou a noite que lhe traz inquietação
Maldisse do seu intimo e da sua agitação
Desaguou a sua sorte em todo o seu escrever
Continuou a buscar por entre todo o infinito
Talvez a esperança escutasse o seu grito
Para no fundo encontrar apenas o seu próprio ser

1 comentário:

Unknown disse...

Não estás sozinho na escuridão acolhedora... :)