Lá em cima os deuses combatem
Imortais sem medo da morte
Invenciveis não precisam da sorte
Da luta dos homens nada sabem
Lá em cima as orações se esvaem
Palavras secas lavam desespero
Crenças vazias num culto severo
Porque afinal os homens nada têm
Enquanto a morte me chama
Eu grito: Ainda é cedo
Ainda não cumpri a minha vingança
Enquanto os céus se fecham
Entre trevas e medo
Ainda não perdi a minha esperança
Cá em baixo os homens combatem
Ilusões sem medo da morte
Lutar para encontrar o mais forte
Dos deuses à muito que se esquecem
Cá em baixo os corações sofrem
Pobres almas que ainda amam
Tormenta de todos que sonham
Emoções banais todas que se vendem
Dentro em mim as muralhas caem
Acordar dum mundo parado
Deixar lá atrás o que está passado
Novos trilhos novas pontes se erguem
Dentro em mim sonhos já não dormem
Saíram à rua para gritar
Agora e sempre não posso parar
Medos domados que já nada temem
Eu solto
Eu grito
Afinal esta é a minha vontade
Nascida no sono da minha prisão
Despertei a minha verdade
Eu sonho
Eu vivo
Afinal esta é a minha autoridade
Sobre mim tenho toda a razão
Acordei a minha liberdade
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