Talvez seja a voz do meu próprio medo que me sussurra palavras tenebrosas aos ouvidos. Não. Os meus medos infantis já há muito que me abandonaram.
Talvez seja a raiva a lembrar-me de quem eu sou. Trajando-me com vestes negras e ameaçadoras. Não. A minha ferocidade não precisa de ser recordada.
Talvez seja a minha ânsia de voar entre os céus amargurados da sabedoria a querer abrir as minhas asas de anjo. Ou demónio? Não. Luz ou trevas não me definem. As duas partes existem em mim como uma só. Qualquer julgamento em contrário é somente uma opinião que para mim pouco vale.
Sopra vento, sopra uivante! Abre as minhas asas, às vezes negras, às vezes brancas. Impulsiona-me com o bem e o mal. Mas deixa-me marcar a diferença com o meu voo transcendente…
1 comentário:
Este texto está muito bom! Definitivamente, é o meu tema preferido em ti. :)
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