Mas afinal, este é o meu mundo. Sobre que mais havia eu de escrever?...
Fez-se silêncio na minha mente. O meu espírito não deu resposta a esta pergunta.
No entanto essa resposta existe. Não é uma opção, é um desejo: “Um mundo novo”…
Eu era o mesmo que havia escrito aquelas coisas, que agora me pareciam gastas, sem vida. Sim, eu era o mesmo. Mas algo havia mudado para que desejasse um mundo novo. Talvez a música no meu coração estivesse mais negra. Talvez… Mas a minha música nunca foi muito branca.
Agora é a parte em deveria dizer: “Se calhar a música no meu coração precisa de ficar mais branca”. Lamento desapontar, mas já provei dessa água e de contos de fada fartei-me rapidamente.
Escapa-me o pensamento não sei para onde…
Reparei que uso muito as reticências, porque atrás das reticências pode vir um infinito… (Bonita frase não é? Já a disse a alguém, mas não surtiu grande efeito!) Mas neste caso não vem infinito nenhum. Pelo menos para já! Por agora vem um vazio.
Que posso eu fazer, para alem deste desabafo? Esperar! Dar tempo ao tempo! Ficar calado.
Talvez não passe de um devaneio. Mais um. E amanhã tudo passe. Talvez chegue à conclusão de que afinal, quando voltar a ler isto, tinha inspiração, não vontade.
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6 comentários:
Ás vezes precisamos de mudar... Não temos de agradar a ninguém, mas a verdade é que as mudanças são boas, desde que sejam aceites...
Gosto dos teus poemas... Apenas gostaria de saber quando escreveste este e porquê? Fica sempre a necessidade de construir um mundo novo, que nos faça mudar e melhorar em relação às situações actuais... Vale sempre a pena, se tudo for mudado para melhor...
continua transcendente! :)
beijo
A vontade é a chama de todos os nossos desejos.
beijinho*
Os temas podem ser repetidos mas a maneira como falas em cada poema teu de cada um deles é sempre nova e a forma como vais transmitindo cada sentimento também. Não acho que seja mais do mesmo.
As reticências podem significar um infinito mas também expressar algo para o qual não temos palavras.
Acredito que a tua inspiração/vontade vai votar, por vezes é preciso mesmo tirar um tempo e fazer um reset :)
Adorei descobrir este cantinho.
Voltarei em breve
olá gatito.Cá estou eu de volta!Como sabes também tenho andado sem inspiração mas definitivamente tinha muita vontade de comentar algo no teu blog.Deparei-me com este desabafo visceral.Há sempre uma altura em que nos deparamos com o facto de que aquilo que escrevemos parece obedecer a alguma espécie de ciclo vicioso em que acabamos por repetir ideias e conceitos.Na verdade quando escrevemos bastante como é o teu caso pode dar a entender que nos referimos às coisas de uma forma semelhante e que de alguma forma repetimos ideias.Os teus temas são os mais variados mas a tua abordagem terá sempre e necessariamente o teu cunho pessoal.Por outro lado essa é a tua imagem de marca,aquilo que te define e te distingue dos demais.Jamais me cansei de poemas teus,eles têm sempre algo novo,uma frescura e uma originalidade mesmo abordando temas recorrentes.É claro que não podemos ir muito além dos temas que preenchem o nosso imaginário e nos convidam à arte de escrever.Conhecendo-te como conheço não me espanta que a música que toca no teu coração seja negra pois ela será fruto de uma vivência árdua e destemida.Acredito que te tenhas cansado de contos de fadas pois eles só se enquadram realmente no belo mundo das crianças que têm direito a ser felizes(pois sabemos daquelas que nem esse direito têm - as desafortunadas).Realmente num mundo como aquele em que hoje vivemos não há muito lugar à utopia.É decididamente bonita a frase«atrás das reticências pode vir um infinito» e o infinito será sempre aquilo que fica por dizer tal como é aquilo que esperamos de uma frase suspensa por reticências.Acredito firmemente que sempre que escreves é fruto de uma inspiração transcendental,algo até superior a ti e à tua vontade inconsciente.Nós os poetas somos assim.Continua sempre a inspirar-nos e a inspirar-te!
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