Decidi ficar calado.
Podia falar mas preferi ficar em silêncio
Deixei que os meus olhos falassem
Aquilo que a minha boca calou
Decidi também ficar quieto
Podia matar-te mas preferi ficar parado
Deixei que os meus olhos assassinassem
Aquilo que as minhas mãos não abateram
Decidi esperar
Podia agir mas preferi ficar à espera
Deixei que os meus olhos agissem
Por aquilo que o meu corpo esperou
Decidi olhar-te de frente
Podia odiar-te mas preferi olhar-te nos olhos
Deixei que estes mostrassem
O ser detestável que és…
Deixei que os meus olhos falassem
Aquilo que a minha boca calou
Decidi também ficar quieto
Podia matar-te mas preferi ficar parado
Deixei que os meus olhos assassinassem
Aquilo que as minhas mãos não abateram
Decidi esperar
Podia agir mas preferi ficar à espera
Deixei que os meus olhos agissem
Por aquilo que o meu corpo esperou
Decidi olhar-te de frente
Podia odiar-te mas preferi olhar-te nos olhos
Deixei que estes mostrassem
O ser detestável que és…
2 comentários:
Às vezes é preferivel deixar que os nossos olhos observem o que vai dentro de cada um... As acções de vingança não levam a nada... Apenas a constatação dos factos é a verdade dos actos consumados... Por mto má que uma pessoa seja, não devemos agir pelas nossas mãos... Há sempre um dia em que a justiça se faz... Pelas mãos da vida!
Sempre na vida encontramos alguém que consideramos detestável,é quase uma inevitabilidade.Às vezes até na nossa própria família surge um ser que desprezamos profundamente e do qual gostariamos de estar bem longe.Ao contrário de ti eu não consigo olhar alguém que detesto nos olhos,evito o contacto visual pois o desprezo é de tal ordem que é para mim como inexistente,invisível e prefiro não confrontar.O silêncio é muitas vezes a única solução pois aprendi a dialogar apenas com as pessoas com quem possa aprender alguma coisa e intercambiar algo;as pessoas destestáveis para mim não têm nada a acrescentar à minha vida e prefiro não ouvi-las pronunciarem-se sequer pois dá-me asco tudo o que me possam dizer e todo o comportamento que possam adoptar.Também opto pela inércia ou ausência de movimento - apenas me movimento para gestos de ternura e carinho,a violência dispenso-a e relego-a para aqueles que se encontram num ringue de boxe ou num cenário de guerra.Em relação a usar o olhar é a velha história de podermos fulminar com ele mas muito sinceramente prefiro que do meu olhar não saiam faíscas em direcção a esses seres tristes e desprovidos de humanidade;tento que do meu olhar sempre saia luz em direcção aqueles que são dignos dela.Ódio sim é uma palavra do meu vocabulário que aprendi graças a alguém bem próximo de mim mas decididamente optei pelo Amor que aprendi também com alguém próximo.Esta ambivalência Amor/Ódio sempre me persiguirá mas sei que posso escolher aquilo que vou levar no meu coração.A opção é a única que eu podia fazer : quero amar quem assim o merecer e desprezar esses seres detestáveis que tiveram a infelicidade de vir ao mundo para perturbarem a vida de gente boa como tu e eu!bjos Tó
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