sexta-feira, agosto 12, 2016

Onde o longe é constante


De que serve compreender
O meu olhar distante?
Que num lento acorrer,
Leva o meu sonhar errante,
Sem medo de se perder,
Para terras onde o longe é constante!

Não sei aonde vou ter.
Apenas sei que estou ausente.
Pelo infinito a desvanecer,
Voa pensamento e mente
Entre uma paz de indizível saber
Como uma brisa fresca num dia quente.

É como num entardecer,
Que na solidão me faz diferente.
Aconchego do silêncio sem nada a dizer,
Sei que mesmo aqui presente
Nesta paz de introverter 
Estou perdido no meu íntimo transcendente...

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