Tudo parecia infimamente pequeno. De uma insignificância total, diria mesmo ridícula.
O tempo acelerou e as eras foram passando cada vez mais rápido. Assisti a guerras que se transformaram em amizades, que mais tarde se tornaram novamente em quezílias.
Vi gentes a crescer, viver e morrer. Assim como impérios, reinos, religiões e ideias. Tudo o tempo trouxe, tudo o tempo levou, tudo o universo esqueceu.
Reparei que os acontecimentos surgiam em ciclos que iam e vinham. Os intervenientes eram sempre diferentes, os locais também, mas as ocorrências eram iguais.
Naquele sítio entre o sonho e a realidade apercebi-me que também eu fazia parte daquele espectáculo sem objectivos. As coisas iam e vinham sem nunca prevalecer. Cheguei à conclusão de que eu era igualmente nada no meio daquele emaranhado de existências sem importância, se comparadas com a imensidão do infinito.
Parecia um destino triste. No entanto eu sou dono das minhas ilusões e essas ninguém mas pode tirar. Por mais inúteis que possam parecer aos outros, para mim são o meu tesouro…
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